Parrocchia angelodiverolaSan Lorenzo Martire in Verolanuova

Arcangelo Tadini


Canonizzato il 26 Aprile 2009 da Benedetto XVI
Proclamato Beato il 3 ottobre 1999 da Giovanni Paolo II




Cenni Biografici
in lingua Portoghese
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ARCANGELO TADINI nasceu em Verolanuova, Bréscia, no dia 12 de outubro de 1846. Seu pai, secretario municipal, casou-se em primeiras núpcias com Júlia Gadola. Tendo ficado viúvo aos 39 anos, com sete filhos todos ainda muito pequenos, casou-se com a cunhada, Antonia Gadola, que foi a mãe de Arcangelo. De saúde delicada e precária, cresceu circundado de cuidados especiais dos pais, a quem era muito afeiçoado.

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Verolanuova - Rustico della casa natale - 1943

Terminados os estudos elementares na localidade onde vivia, seguindo as pegadas dos irmãos, Arcangelo foi matriculado no ginásio de Lovere.  Em 1664, com 18 anos, entrou no seminário de Bréscia, onde estudava seu irmão padre Júlio.Justamente nessa época sofreu um acidente que o tomou coxo para toda a vida. Em 1870, aos 24, anos foi ordenado sacerdote. Eram os tempos da unidade da Itália e das tensões entre Estado e Igreja, caracterizados por uma grande pobreza do povo, por contradições políticas e pelas primeiras tentativas de industrialização; no entanto, foram tempos de grande caridade cristã e de muita religiosidade. Padre Arcangelo iniciou o seu ministério tendo ficado doente durante un ano que o obrigou a ficar junto da familia.

De 1871 a 1873 foi vigário-cooperador em Lodrino, pequena aideia de montanha, e depois pároco no santuário de Santa Maria della Noce, pequena localidade de Bréscia. Em ambas as paróquias foi também professor primário. Sua atenção ao povo emerge desde os primeiros anos de ministério sacerdotál: quando, devido a uma enchente, muitos paroquianos ficáram sem casa, conseguiu organizar na casa paroquial um serviço que fornecia 300 refeições diárias e providenciou abrigo para os flagelados.

Em 1885 entrou em Botticino Sera como vigário-cooperador. Dois anos depois, já com 41 anos, foi nomeado pároco da mesma igreja, onde celebrou os seus vinte e cinco anos como pároco, antes morrer, no dia 20 de maio de 1912. Os anos vividos em Botticino foram, sem dúvida, os mais fecundos da vida do padre Tadini. Ele amavã os seus paroquianos como filhos, e não se poupava em nada para que aquela porção do povo de Deus, entregue aos seus cuidados de pastor, pudesse crescer humana e espiritualmente. Fundou ao corai, à banda de música e a várias irmandades; restruturou a igreja; oferecia a cada categoria de pessoas a catequese mais adequada, cuidava da liturgia.

Tinha uma atenção especial pela celebração dos Sacramentos. Preparava a homilia tendo presente a Paiavra de Deus e a caminhada espirituál do seu povo. Quando falava do púlpito, todos ficavam admirados com o cálor e a força que se desprendiam das suas paiavras. Seus cuidados pastorais se dirigiam sobretudo ás novas formas de pobreza. Era o tempo da primeira revolução industriál. Seguindo o exemplo de outros sacerdotes, padre Tadini fundou em Botticino a Associação Operária de Socorro Mútuo, que garantia aos operários um subsídio em caso de doença, acidente de trabalho, invalidez ou velhice.

Entre seus paroquianos, eram as jovens — justamente por serem jovens e mulheres quem mais sofriam com a insegurança e a injustiça. Exploradas, espremidas como limôes, dificilmente conseguiam constituir uma família e educar os próprios filhos. A elas padre Tadini doava grande parte de suas forças. Solicitado pela "Rerum Novarum" do Papa Leão XIII (1891), interpretando os sinais dos tempos, progetou e construiu uma fiação, empregando nisso toda a sua herança familiar. Em 1895 a flação foi completada com estruturas e maquinário moderno.

Três anos depois, com um empréstimo, adquiriu a casa próxima da fabrica, para fazer ali um pensionato para as operárias. Tendo em vista a educação dessas jovens, fundou, não sem grandes dificuldades, a Congregação das Irmás Operárias da Santa Casa de Nazaré. Essas entram nas fábricas, para trabalhar junto com as outras moças; ocupam-se das jovens compartilhando o peso e as tensões do trabalho, e as educam com o exemplo, ganhando o próprio sustento no mesmo banco de trabalho.

Às Irmãs Operárias e às famílias, padre Tadini aponta como modelo Jesus, Maria e José que, no silêncio e no escondimento, em Nazaré, trabálharam e viveram com humildade e simplicidade. As Irmãs e às jovens trabalhadoras dá como exemplo Jesus, que não somente sacrificou a si mesmo sobre a cruz, mas antes, durante 30 anos, não se envergonhou de usar os instrumentos de carpinteiro, de ter as mãos cheias de caios e a fronte molhada de suor.

Seu amor de pai e suas obras fazem com que os trabaihadores compreendam que o trabalho não é um castigo; ele é o lugar onde o homem é chamado a realizar-se como pessoa e como cristão. Mais ainda: se aceite com seu peso e suas inevitáveis dificuidades, permite ao homem cooperar na redenção e toma-se tempo de união com Deus. Com uma saúde tão frágil e coxeando de uma perna, onde foi que padre Tadini encontrou a força para fazer tudo o que fez? A resposta está na sua íntima e constante união com o Senhor, sustentada pela penitência e pela oração.

Dormia em média cinco horas por noite, alimentava-se apenas de sopa, verdura crua, tisana de aveia e fruta. Seus paroquianos o viam durante horas diante do Sacrário, imóvel, de pé - não se podia ajoelhar - completamente absorto na contemplação de Deus. Viam-no passar pelas ruas sempre com o terço na mão. Sua confiança na Providência era ilimitada; nas situações de maior dificuidade, brilhavam pela sua humildade e pela sua obediência aos superiores.

Quando, aos 66 anos, padre Arcangelo Tadini concluiu a sua vida terrena, no dia 20 de maio de 1912, a comunidade paroquiál de Botticino percebeu que uma luz se apagara. Era a vigília da primeira guerra mundial, e se preparava um futuro tenebroso para a fé, para a paz e para a justiça.

Seu testemunho foi forte e repleto de obras de caridade. No seu ministério todos tinham visto um mestre de vida espiritual, mas de forma silenciosa, quase escondida e, justamente por isso, mais credível. Seu ministério sacerdotal foi fonte de vida e de graça. O povo simples, como também as Irmãs, que vivem com espírito sobrenaturál, chamam a tudo isso "santidade ".

Com a Beatificação de padre Arcangelo Tadini, o Papa João Paulo II oferece como exemplo aos sacerdotes, aponta-o às famílias como intercessor, e o dá como protector aos trabalhadores.